Filatelia em Portugal: Artigo, Coleccionadores de Selos: A Próxima Geração
Artigo
Coleccionadores de Selos: A Próxima Geração
Jean L. Balinki
Publicado originariamente em American Philatelist, Fev 1998
Colocado em FP em Abril 98
Publicado com autorização do editor
Caleida sitio o coleccionadores de selo devem ter um papel activo na vida das crianças (sejam eles filhos, netos, ou vizinhos com quem contactamos), partilhando o processo de coleccionar. Esta atitude pode levar as crianças a coleccionarem selos e, coincidentemente, pode facilitar o seu desenvolvimento cognitivo. Meu programa é barato e informal e, como o guia passo-a-passo seguinte demonstra, o maior investimento é o nosso tempo.
O coleccionador no pre-escolar
Tenham atenção: as crianças antes dos cinco anos não têm a destreza manual para tratar pequenos pedaços de papel. Nem poderemos esperar que descodifiquem letras ou números antes daquela idade (a não ser que sejam precoces). O coleccionismo para os pre-escolares deve centrar-se em assuntos que a criança possa administrar sem dificuldade, adquirir facilmente, e guardar sem provocar reacções negativas dos pais. Com o tempo chegará a ocasião dos mais novos coleccionarem selos.
Para criar e alimentar coleccionadores na pre-escolar, devemos começar por oferecer caixas de plástico coloridas com tampas ajustadas de diferentes tamanhos para pequenas colecções. Sugeramos coisas que podem ser coleccionadas. Concentremo-nos nas de acesso fácil para a criança e que podem ser adquiridas sem custo ou com um custo pequeno. Estejamos atentos a objectos que possam ser acrescentados à colecção e encorajemos diferentes espécies de colecção.
Utilizemos a colecção para levar os mais jovens a procederem a diversos tipos de classificações e a interrogarem-se. Pergunte à criança: os objectos são iguais? em que medida estes objectos são semelhantes? a colecção tem quantos objectos? todos os tipos de objectos são em igual número ou há mais de uns tipos que de outros? Qual a cor de cada objecto? Que objectos são maiores e menores?
Tenhamos em conta que o tempo de atenção da criança pre-escolar é medida em microsegundos. O interesse por uma dada colecção pode desaparecer muito rapidamente e deslocar-se completamente para algo diferente. A aceitação deste facto de uma forma natural é essencial para sermos bem sucedidos na nossa função de mentores do coleccionismo.
Não é aconselhável mostrarmos a nossa própria colecção ao potencial coleccionador. As crianças são desarrumadas, com mãos inábeis, e a nossa ansiedade com os possíveis prejuízos transmite-se à criança, transmitindo pelo menos uma certa tensão. Esperar que a criança olhe e não toque faz com que a colecção seja outra coisa perante a qual o adulto está a dizer à criança o que não deve fazer.
A Criança em Idade Escolar
Quando as crianças aproximam-se dos seis anos acontece-lhes coisas miraculosas. Começam a reconhecer que as letras representam sons utilizados na formação das palavras e reconhecem estas. Os outrora desajeitados dedos começam a ser capazes de controlar um lápis e de manejar pequenos pedaços de papel. Começam a estar maduras as condições para os selos.
O despertar do interesse é mais conseguido através de uma aproximação personalizada. A partir do momento que o jovem começa a ler é altura de começarmos a mandar-lhe coisas pelo correio. Cartões de boas-festas, cartas breves ou, se viajamos, bilhetes postais. Tudo isso estimula o interesse em receber correspondência. Toda esta correspondência deve ser selada tanto quanto possível como selos comemorativos interessantes. A criança ter um conjunto de inteiros postais pode encorajar responder à correspondência.
Esta é também a ocasião para a criança observar os selos. O que é que eles dizem? Que pessoa ou evento é retratado? Se não é um selo do seu país, de que país veio? Onde é aquele país? (Localizar o país em um mapa mundo ou num globo cria uma consciência da geografia frequentemente ignorada em nossas escolas.) Que língua é lá falada? Que produtos torna o país conhecido? Como é o país governado?
O coleccionador infantil não é um coleccionador adulto. Precisamos de todo o nosso autocontrole para evitar reagir à maneira como a criança trata os selos. Os dedos pegajosos inevitavelmente sujam, mancham, os selos. À medida que o jovem for sentido orgulho no que possui a colecção reflectirá a maneira de tratá-la. Lembre-se que as primeiras colecções têm tanto de valor histórico quanto de filatélico. Se tentar introduzir demasiadas tarefas complexas, como a de manusear os selos com a pinça, o potencial coleccionador poderá desistir.
Algumas técnicas básicas como molhar os selos para os retirar dos envelopes, em vez de os arrancar, e usar charneiras para os fixar, em vez da cola, deve ser suficiente de início.
Ajudarmos o jovem a escolher um lugar adequado para colocar os selos pode ser uma outra tarefa importante. Um álbum grande pode ser tão frustrante quanto uma excessiva porção de puré de batata no prato ao jantar. Um livro demasiado pequeno também pode não ter espaço suficiente para os tesouros do jovem coleccionador. Um caderno com uma capa simples é preferível a um caderno de folhas soltas pois as crianças são frequentemente pouco delicadas a virar as páginas.
Se estivermos familiarizados com o computador pode ser interessante utilizar algum programa de desenho de páginas. Estejamos atentos à possibilidade de a criança poder ser mais adepta do computador que nós e estar disponível para partilhar os seus conhecimentos.
Sugestões sobre as formas de obter selos também são importantes, especialmente se não exigirem dispêndio de dinheiro. Pedir aos vizinhos e aos negociantes locais a correspondência é uma forma de desenvolver as capacidades sociais da criança. Certamente que estaremos disponíveis para ensaiar aqueles contacto e até acompanhar a criança junto de alguns dos nossos amigos e vizinhos.
Acima de tudo evite ser crítico. Comentários positivos sobre os esforços do jovem são mais importantes para lhe manter o interesse que observações negativas sobre selos danificados ou páginas montadas descuidadamente.
Breves visitas a exposições locais, em excursões não dispendiosas, são maravilhosas, mas lembremo-nos que a criança não estará disposta a ficar tanto tempo quanto nós ou a ver a mesma quantidade de selos quanto é nossa intenção.
Agora já tem os fundamentos para criar coleccionadores. Se lhe parece que as sugestões apresentadas tende a fazer de si um «empurrador» recorde-se que a filatelia é provavelmente uma das novas actividades do nosso amável jovem mais agradável e menos nociva.
O Autor
Jean L. Balinky, uma psicóloga e consultora escolar, colecciona, juntamente com seu marido, França, Austria, Liechtenstein, e os países do Benelux. No último ano aposentou-se de directora da Psycological Clinic Graduate School of Applied and Professional Psychology, Rutgers University.
Stamps Collectors: The Next Generation
Jean L. Balinki
From American Philatelist, February 1998
We stamp collectors need to take an active role in children’s lives, sharing the process of collecting. This, in turn, can lead children into stamp collecting and, coincidentally, can facilitate their cognitive development (be they children, grandchildren, or neighbors with whom we have contact). My program is informal and inexpensive, and as the following step-by-step guide demonstrates, the biggest investment will be your time.
The Preschool Collector
Keep in mind: Children before the age of 5 will not have the manual dexterity to handle small pieces of paper. Neither can we expect them to decode letters or numerals before that age (unless they are unusually precocious). Collecting for the preschooler should center on subjects that the child can manage without difficulty, acquire easily, and keep without provoking negative reactions from parents. By the time the youngster goes to school, the time for stamps will have arrived.
To plant and nurture preschool collectors, you should start with a supply of translucent plastic boxes with snugfitting lids in a variety of sizes for housing collections. Suggest things that can be collected Concentrate on those to which the child has easy access and which can be acquired at little or no cost. Be on the lookout for objects that can be added to the collection, and encourage different kinds of collections.
Go through the collection with the youngster, carrying out various kinds of sorting and questioning activities. Ask the child: Are the objects the same? Or, in what way are the objects alike? How many objects are in the collection? Are there equal numbers of the same type of object or are there more of one type? What color is each object? Which objects are bigger and which are smaller?
Remember that the attention span of the preschool child is measured in milliseconds. Interest in a particular collection may well disappear in a very short time and shift to something altogether different. Acceptance of this fact in a nonjudgmental manner is essential if you are to succeed in your role as a collector-mentor.
Showing your own collection to the budding collector is not encouraged.
Young children have messy, sticky hands, and your own anxiety about potential damage is going to be transmitted to the youngster, making the entire process a tense one at best. Expecting the child to look but not touch will make the collection just another area where an adult is telling the child what not to do.
The School-Age Child
At about the age of 6, miraculous things occur with children. They begin to recognize that letters represent sounds to form words and to recognize these words. The formerly clumsy fingers are now able to control a pencil and manage small pieces of paper. The time is now ripe for stamps.
Arousing an interest is best accomplished by personalizing the approach. Since the youngster is starting to read, it’s time to start mailing things to him. Greeting cards, brief letters, or, if you travel, post cards will provide the thrill of receiving mail, all of which should be plastered with as many interesting commemoratives as possible. A package of children’s stationery can encourage return correspondence.
This also is the time to get the child to look at stamps. What does it say on them? What person or event is portrayed? If it is not a U.S. stamp, from what country did it come? Where is that country? (Locating the country on a world map or globe will foster an awareness of geography often ignored in our schools.) What language is spoken there? For what products is the country known? How is the country ruled?
The child collector is not the adult collector. You’ll need all of your self-control to avoid cringing at the way in which a child handles the stamps; sticky fingers and hence, sticky, smudged stamps are par for the course. If the youngster is going to feel pride of ownership, the collection must reflect his way of managing it. Keep in mind that first collections are of historic rather than philatelic value. If you try to introduce too many complex tasks, such as handling stamps with tongs, your potential collector may go elsewhere.
A couple of basic techniques, such as how to soak rather than attempt to peel the stamp from the envelope, and how to use a hinge without licking off all the glue, should suffice at the beginning.
Helping the youngster to select a suitable place to mount the stamps will be another place where you can be of great help. Too large an album may prove to be frustrating, much like an overly large portion of mashed potatoes on a dinner plate; yet too small a book may not provide enough space for your young collector’s treasures. A spring binder is preferable to a looseleaf notebook, as children are seldom gentle when turning pages.
If you are sufficiently familiar with your computer, you may want to consider some “custom design” pages. Be aware of the fact that the child may be more adept with the computer than you are, but may condescend to share the expertise.
Suggestions for sources of stamps for the collection also are welcome, especially those requiring no outlay of money. Calling on neighbors and local businesses to put in a request for their office mail can be a way of developing the child’s social skills. You will probably want to rehearse those calls or even accompany the budding collector on rounds of friends and neighbors.
Above all, avoid being critical. Positive comments about the child’s efforts rather than negative remarks about damaged stamps or sloppily mounted pages will assure the youngster’s continued interest.
Brief visits to local stamp shows are wonderful, inexpensive excursions, but remember that the little one will not want to stay as long or look at as many stamps as you would like.
Now you have the foundation for developing collectors. If the suggestions presented here seem to be designed to make you a “pusher,” bear in mind that philately is probably one of the most pleasant, least harmful addictions available to our vulnerable youth.
The Author
Jean L. Balinky, a psychologist and school consultant, collects, together with her husband, France, Austria, Liechtenstein, and the Benelux countries. She retired last year as director of the Psychological Clinic Graduate School of Applied and Professional Psychology, Rutgers University.