Operação “Allied Force”

– Área de Intervenção das “Allied Forces” –

 

  • Republica do Montenegro da Federação Jugoslava
  • Kosovo
  • Províncias Jugoslavas
  • Antiga Província Jugoslava da Macedonia

 

 

 

 


Preparativos para a missão no Kosovo.

No dia 21 de Janeiro de 1999, aterraram na Base aérea de Aviano em Itália, três F-16A da Força Aérea Portuguesa.
Juntamente com unidades de Forças Aéreas de outros países da NATO, o destacamento vai permanecer sob controlo da Aliança para o emprego operacional em missões no Kosovo.
Simultaneamente foram deslocados dois aviões C-130 Hercules, para apoio logístico, descolando um terceiro no dia 22 de Janeiro da Base de Monte Real. A missão envolve 8 pilotos e 50 elementos de manutenção e apoio.

 Sexta feira, 26 de Março de 1999.

Inicio da participação dos militares portugueses na operação da NATO.
Sem Intervenção nos Ataques os F16 Portugueses só patrulharam o Adriático no segundo dia da operação da NATO.
Dos três caças F16 portugueses que se encontram à disposição do comando da NATO na base de Aviano, em Itália, dois participaram pela primeira vez numa missão de patrulhamento aéreo sobre as águas do mar Adriático, que durou cerca de uma hora. Todos os F16 portugueses regressaram a Aviano, onde se encontram em estado de prontidão.
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Espírito Santo, esclareceu que os caças portugueses não tomaram parte nos ataques destinados a “suprimir as capacidades de defesa aérea” sérvia, lançados pela NATO ao princípio da noite de quarta-feira. O esclarecimento foi prestado durante uma conferência de imprensa realizada ao fim da tarde do dia 26 de Março de 1999 em Lisboa.
O ministro da Defesa, Veiga Simão, que se encontrava na mesma conferência de imprensa, aludiu à natureza da missão desempenhada pelos pilotos portugueses para justificar a circunstância de só ter dado explicações públicas quase 24 horas depois do início do ataque da NATO contra posições sérvias.

Dia 31 de Março

F-16 portugueses em missão diária.


O conflito nos Balcãs envolve presentemente 438 militares portugueses, dos quais 50 se encontram destacados na base italiana de Aviano, confirmou ontem em conferência de Imprensa o chefe de Estado Maior do Centro de Operações Conjunto do Estado Maior General das Forças Armadas. Segundo o brigadeiro José Queiroga, os dois F-16 portugueses tinham, até ontem, efectuado voos com a duração total de 45 horas na zona do Mar Adriático, em seis missões de patrulhamento aéreo de combate, no âmbito da operação Allied Force.
«Uma missão destas envolve riscos. Não fomos lá para apanhar malmequeres», comentou o brigadeiro José Queiroga sobre o envolvimento dos militares portugueses no conflito e o facto de até ontem já terem sido abatidos três aviões das forças da OTAN.
Sobre as forças portuguesas estacionadas na Bósnia, o brigadeiro José Queiroga relatou que «a atitude sérvia é de uma estudada indiferença, o que não significa hostilidade». «Mas sente-se algum desagrado», comentou, relativamente à forma como é sentida nesta última semana a presença de 327 militares e 50 elementos da PSP que cumprem missões de patrulhamento e cooperação civil e militar.

Portugueses Incluídos em Força de Paz.

Uma Unidade de 280 homens pronta em finais de Junho.
Portugal está disposto a fazer parte de uma força de paz que intervenha no Kosovo no quadro de um acordo político para a região, assegurou ontem o primeiro ministro, António Guterres. O contingente português a participar nessa força de paz será composto por 280 homens de uma unidade ligeira de reconhecimento, segundo o brigadeiro José Queiroga, chefe do Estado-Maior do Centro de Operações Conjunto das Forças Armadas.

Dia 1 de Abril de 1999

Ministro da Defesa afirmou aos militares portugueses que participam “numa causa justa”, e que o País “está orgulhoso deles”.
Pouco antes de os aviões terem partido da base italiana de Aviano, numa missão de ataque, o ministro da Defesa, Veiga Simão, visitou ontem o destacamento português das forças da NATO “para trazer um grande abraço e toda a admiração e amor da nação portuguesa, do Governo, das Forças Armadas, a estes bravos militares”.
Veiga Simão foi acompanhado pelos chefes do Estado-Maior das Forças Armadas, general Espírito Santo, e da Força Aérea, general Alvarenga.

Dia 3 de Abril de 1999

Incidente na Zona sob vigilância das Tropas Portuguesas no Território Bósnio.
A NATO usou as forças da SFOR para destruir um troço de linha férrea que liga a Sérvia ao Montenegro, que fez explodir um troço da linha férrea Belgrado-Bar (Montenegro) em Rudo, na fronteira da Bósnia com a Jugoslávia (território da República Srpska) para evitar movimentos de militares jugoslavos. O incidente, que ocorreu no sector controlado pelas tropas portuguesas na Bósnia (Rudo fica a 60 quilómetros de Rogatica), registou-se pelas 08h15 locais (07h15 em Lisboa).
A operação foi realizada por Forças especiais dos Estados Unidos da SFOR na Bósnia, mas sem qualquer intervenção das tropas portuguesas presentes na região. Todas as operações das patrulhas portuguesas continuem a ser realizadas. Estando as forças portuguesas na Bósnia estão em alerta Black Charlie 2 (estado de elevada prontidão).
A preocupação do comandante prende-se sobretudo com uma eventual acção de um qualquer “elemento radical” de grupos extremistas sérvios.
No mesmo dia em que se realizou a operação, o Comandante da SFOR, o general norte-americano Montgomery Meigs, efectuava uma visita ao batalhão português em Rogatica.
Entretanto, os ataques da NATO à Jugoslávia obrigaram à evacuação de 16 polícias portugueses da IPTF (Internacional Police Task Force) colocados na República Sérvia da Bósnia para “zonas de segurança” na Federação croato-muçulmana.
No dia seguinte decorreu uma manifestação em Rogatica contra guerra juntando um milhar de pessoas frente ao quartel militar português de Rogatica, na República Sérvia da Bósnia, gritando palavras de ordem contra os EUA e a OTAN.
Segundo o comandante do contingente luso da SFOR, tenente-coronel Pires Nunes, a manifestação decorreu de forma pacífica.

Dia 11 de Abril

North Atlantic Council da NATO, aprovou o plano Abrigo Aliado. Portugal poderá participar nesta operação para apoio aos deportados na Albânia com uma unidade de transportes, a organização dessa unidade está a ser estudada para aprovação.
Na República Srpska ( Bósnia Servia ) a situação continua tensa com corte de contactos entre as forças servias e a SFOR, apesar de várias acções já feitas contra pessoal e bens da SFOR ainda nenhuma foi efectuada directamente sobre os portugueses.
Em Portugal continua a preparação de uma força (Agrupamento BRAVO/KFOR) destinada a participar numa força de manutenção de paz para o Kosovo, essa força será constítuida por elementos de cavalaria da Brigada Aerotransportada.

Dia 20 de Abril de 1999

O Governo recebeu “luz verde” do Parlamento para enviar um destacamento para a Albânia.
Esse destacamento militar que será integrado nas operações humanitárias em curso na Albânia.
O ministro da Defesa, Veiga Simão, informou os deputados das três hipóteses que estão em cima da mesa quanto ao envio de tropas para a Albânia, um destacamento de medicina preventiva, um pelotão de transportes ou um outro de engenharia, e obteve parecer favorável.
A decisão final caberá ao comando operacional da NATO.

Dia 30 de Abril de 1999

Governo da luz verde ao envio de um contigente português para a Albânia
Um primeiro grupo de militares portugueses destacados para a AFOR. AFOR é a designação da força que executa a operação Allied Harbor – Porto Aliado na Albânia ) já pode seguir para a Albania nos próximos dias.
Esses militares participar na operação da Aliança Atlântica (AFOR) de apoio aos refugiados kosovares de origem albanesa.
Está a ser aprontado um pelotão da Arma de Engenharia do Exército com 41 efectivos e respectivo equipamento pesado, mas o Governo não fechou ainda a porta à alternativa do envio de um destacamento de Medicina Preventiva.

Ultima semana de Abril.

O Agrupamento BRAVO/BAI vai ser organizado pela BAI no seu aquartelamento de Tancos ( CTAT/BAI é a designação do aquartelamento ), e será constituído por uma unidade de Comando e Serviços ( ECS ), um Esquadrão de Cavalaria ( ECav ) constituído por Policia do Exército, e pelo ERec da BAI ( Esquadrão de Reconhecimento ).
Esta unidade iniciou a sua preparação para a sua missão para o Kosovo em Tancos, onde já está o Esquadrão de Reconhecimento da BAI ( normalmente aquartelado em Estremoz ).
Quanto à operação Allied Harbor (missão da AFOR na Albânia) já é quase certo que não vai ser constituída por elementos das unidades de Transportes, mas continua a não haver decisão político/militar quanto a sua composição, isto é se será composta por elemento oriundos dos serviços Sanitário ou de Engenharia.
O Governo e as chefias militares portuguesas continuam, entretanto, à espera que o planeamento da Aliança Atlântica defina e comunique a Lisboa quais são as suas pretensões relativamente à participação portuguesa na AFOR.

Dia 12 de Maio de 1999.

Portugal não participa na AFOR
Desistência de Portugal, decidida pelo Ministério da Defesa em consequências de divergências com a NATO quanto a constituição da unidade a destacar para a Albânia. ( missão AFOR ).
Os grupos de militares portugueses que iriam integrar as forças da NATO na Albânia eram, até a data constituídos por uma unidade de engenharia como estava previsto e com a qual a NATO já tinha concordado atendendo ao tipo de objectivos que a NATO tinha fixado para as suas forças na Albânia.
Mas, no Ministério da Defesa, após análise pelas chefias militares dos custos e riscos envolvidos, a decisão que foi tomada no Ministério da Defesa seria de destacar uma unidade de cuidados médicos, constituída agora apenas por “um médico e alguns enfermeiros”.
O resultado final foi que o ministro da defesa optou por não enviar qualquer contingente para a Albânia.
Por seu lado o Primeiro ministro, António Guterres declarava nesse mesmo dia que o não envio de tropas portuguesas para uma missão de paz de auxilio aos refugiados Kosovares na Albânia, era devido a recusa por parte da NATO dos elementos de Medicina preventiva propostos por Portugal ( isto é um medico e alguns enfermeiros).
Este lamentável episódio veio mais uma vez demonstrar os meios logístico, humanos e financeiros, se ainda existem, que as forças armadas dispõe para realizar as missões que a comunidade internacional tem solicitado ao governo Português no âmbito dos acordos que Portugal tem com a NATO e com outras organizações internacionais.

A participação das tropas portuguesas na KFOR.

A participação portuguesa na Operação “Joint Guardian” no Kosovo (KFOR) será composta por um Agrupamento (Agr BRAVO) da BAI, que incluirá elementos de cavalaria.
Este agrupamento terá um efectivo total de cerca de 300 militares e ficará integrado num sector sob comando italiano tal como já sucedeu na Bósnia (IFOR/SFOR).
Além do Agrupamento os militares portugueses vão igualmente ocupar uma dezena de lugares nas estruturas de comando e controlo do sector.
O Sector sob comando italiano ficará localizado na região Oeste do Kosovo, junto à fronteira com o Montenegro, e com o respectivo Quartel-General na histórica cidade de Pec, berço do primeiro patriarcado da religião ortodoxa sérvia.
Vão igualmente integrar este sector além dos portugueses e italianos, os espanhóis.
Está já a decorrer o planeamento e coordenação do deslocamento das forças portuguesas que em principio deverá ocorrer no final de Junho.

Segunda semana de Junho

Está já a decorrer o planeamento e coordenação do deslocamento das forças portuguesas que em principio deverá ocorrer em Agosto.
As forças da KFOR irão ter participação já confirmada de militares dos seguintes países: Canada, Finlândia, França (± 7000), Alemanha (±8500), Grécia, Itália (±2000), Lituânia, Portugal (±300), Polónia, Suécia, Turquia, Reino Unido (±12000) Estados Unidos (±7000), e Rússia.
Os comandos dos cinco sectores estão atribuídos a Brigadas dos seguintes países :

  • Reino Unido (4th UK Armoured Brigade e 5th UK Airborne Brigade) o sector central com Quartel General em Pristina , o Reino Unido garante também o comando unificado da KFOR (Gen Michael Jackson).
  • A França (French framework brigade) o sector Norte, junto à fronteira Sérvia, com Quartel General em Kosovska Mitrovica.
  • A Alemanha (12th German Panzer Brigade) o sector SW com Quartel General em Prizren;
  • Os Estados Unidos (task Force falcon) o sector SE, junto à fronteira com a Macedónia – F.Y.R.O.M. e Quartel General em Gnjilane.
  • A Itália (Italian Garibaldi Brigade ) o sector a Oeste com Quartel General em Pec.
  • Todos estes países fazem parte do G-8 que propôs o actual acordo de paz.
  • A Operação “Joint Guardian” a efectuar pela KFOR foi desencadeada ao abrigo da Resolução nº 1244, de 10 de Junho de 1999, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ao abrigo do Capitulo VII da Carta das Nações Unidas, que autoriza as forças a utilizar as armas para fazer cumprir as directivas da resolução.
  • Esta resolução foi adoptada após a aceitação por parte da Sérvia, do acordo proposto pelo G-8 (Grupo dos 7 países mais industrializados, mais a Rússia).

20 Junho de 1999

Foi dado por concluída a operação Força Aliada, após confirmação da retirada das Forças Sérvias do Kosovo, dentro dos 11 dias previstos no Military Technical Arrangement (MTA) assinado em 9 de Junho pelo Comandante militar Jugoslavo.
Segue-se agora a Operação Joint Guardian (KFOR) nos termos da Resolução 1244 do CS das NU e do MTA.
Foi finalmente acordada a forma de participação das forças russas no Kosovo (cerca de 5 batalhões), a forças russas trabalham com a KFOR mas não estarão sob comando da KFOR. Os seus batalhões serão empenhados nos sectores; Alemão, Americano e Francês, e terão igualmente papel importante no controlo do aeroporto de Pristina.
Por estas noticias não se confirma a presença de um Bat Russo no Sector italiano e com isto e com os M113 é possível que seja alterada a localização prevista para Bat. Português.

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